sábado, 13 de junho de 2009

OFICINAS


Oficina de curiosidades
Oficina
Desde um princípio pedagógico, serve para indicar um lugar onde se trabalha, se elabora e se transforma algo para ser utilizado. (...) é o mesmo que construir e reconstruir o conhecimento e, sobretudo aprender, mediante a realização de algo conjuntamente. Ander-Egg, 1991

“Dia de Banho”

Eixo Temático: O Corpo e seus contornos
Faixa Etária: 4 anos de idade.

Objetivos: Proporcionar as crianças, sob a perspectiva lúdica, momentos de vivênciade sensações e percepções acerca do corpo em relação a si mesmo e ao outro. Elemento desencadeador: Água.

Materiais:

- 01 Mangueira d’água
- 01 Piscina com aproximadamente 1000L (caso não haja piscina fixa)
- Toalhas de banho (individuais)
- Roupas de banho
- Creme hidratante Vivência: Brincar com a água.

Após o banho, o(a) professor(a) pode pedir às crianças que sacudam o corpo como fazem os “cachorrinhos” quando estão molhados. Depoisque cada criança pegar sua toalha, pedir-lhes para secarem-se igualao(a) professor(a): primeiro um braço, uma perna, a cabeça, outro braço, as costas, outra perna, a barriga, o bumbum... O importante é que sempresejam secadas partes alternadas do corpo. Ao término, distribuir umpunhado de creme hidratante para que cada criança espalheem seu corpo e, se possível, considerando as características afetivas do grupo, pedirpara ajudar a passar o creme nos colegas. Duração: aproximadamente 60 min. Situação problema: Tocar e sentir o próprio corpo e o corpo do outro.


Fundamentação
A criança está permanentemente aberta a curiosidade. Seu interesse pelo que a rodeia a mobiliza a investigar. O objetivo da OFICINA é valorizar as percepções da criança com a promoção de situações adequadas ao ambiente e favoráveis ao exercício curioso. É oferecer possibilidades de relações, descrições, identificações, comparações, observações, explorações, contato direto com a natureza e a lógica do vivido. Schultz, 1991

Vivência
Ao contrário de um jogo planejado, considera-se aqui a ação espontânea da criança frente a situação oferecida. Sendo assim, cabe ao(a) professor(a) apenas mediar situações de conflito e não interferir nas escolhas e preferências das crianças. Coelho, 2005

Observação
Deve o oficinista, entre outras coisas, saber relacionar o que ensina com as situações reais que se vive (texto com contexto), e de maneira especial, com as situações que se desenrolam na oficina. Vieira&Volquind,2002

Atenção
Nunca perder de vista a preciosidade dos conhecimentos prévios e da ação simbólica que incidem sobre a bagagem cultural das crianças.

NÃO SE ESQUEÇA!
- Informar a Escola sobre seu projeto de trabalho, a fim de garantir autorização para a realização do mesmo;
- Informar Pais e/ou Responsáveis sobre a Oficina, solicitando o material necessário para a realização da mesma, incluindo autorização para a participação das crianças envolvidas;
- Certificar-se, com antecedência, de que todos os recursos necessários estarão disponíveis no dia da Oficina.
- Oferecer sempre um ambiente de trabalho agradável: arejado, higienizado, livrede interferências sonoras e visuais, entre outros aspectos que possam roubar o interesse, o prazer e a atenção das crianças.


Outros encaminhamentos

Após a vivência com o banho, a secagem e a passagem do creme pode-se fazer um intervalo para o lanche e ao retorno deste seguir as sugestões que seguem.

- Todos sentados em círculo (no chão da sala), o(a) professor(a) então faz perguntasdo tipo: Como estava a água? O que mais gostaram? Que parte do corpo secamosprimeiro? Por que o cachorrinho seca seu corpo sacudindo-se? (conforme a turma podem surgir novas questões) Neste momento é importante deixar as criançasfalarem bastante.

- Com um saco escuro e grande, de plástico ou tecido, com as partes do corpohumano desenhadas e recortadas em papelão do tamanho da criança, pede-se que cada uma retire uma peça. Exemplo: saiu uma orelha – o que é isso? Para que serve? Onde fica em nosso corpo? E no colega? Silêncio, ouvir os barulhos fora dasala. Assim se procede com todos os alunos e com as diversas partes do corpo. Nãoesquecer que teremos dentro do saco o equivalente a três ou quatro bonecosconforme o número de crianças. Deve haver uma parte do corpo para cada criança.O(a) professor(a) deve tirar também.

- Todas as crianças com uma parte do corpo nas mãos devem tentar juntá-las e montar um corpo completo - o(a) professor(a) intervém somente quando solicitado(a)ou para evitar conflitos mais sérios. Se algum corpo ficar montado de forma diferenteperguntar para as crianças o que está diferente, por que e se precisa fazer de outraforma. Ao final combinar com as crianças o destino a ser dado aos bonecos.

- Sempre contar com a palavra e as percepções das crianças buscando oestabelecimento e a manutenção conjunta de combinações em torno das situaçõesde aprendizagem.

- Em momento oportuno(*), conversar com as crianças sobre os contrastesque incidem sobre os objetos e no contato com os mesmos, bem como sobre suaspercepções, formulações e conclusões acerca das substâncias que compõem seuscorpos e os corpos dos objetos. (*) aproveitar ao máximo as oportunidades naturais que propiciam a exploração deidéias, regularidades e conceitos evitando, portanto, a sua artificialização.

- Para ler mais sobre contrastes indicamos, em especial, a leitura da seguinte trilogia:
- LAPIERRE, A. & AUCOUTURIER, B. Os contrastes e a descoberta das noções fundamentais. São Paulo: Manole, 1985.
- LAPIERRE, A. & AUCOUTURIER, B. Associações de contrastes: estruturas e ritmos. São Paulo: Manole, 1985.
- LAPIERRE, A. & AUCOUTURIER, B. As nuanças: do vivenciado ao abstrato através da educação psicomotora. São Paulo: Manole, 1985.

Oficina elaborada por VERBO Projetos Educacionais

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