Por dia, cerca de 1 milhão de crianças em todo o mundo sofrem algum tipo de violência nas escolas. Foi o que detectou uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela organização não-governamental Internacional Plan, que atua em 66 países em defesa dos direitos da infância. O relatório é parte da campanha global "Aprender sem medo", lançada também hoje. O objetivo é promover um esforço mundial para erradicar a violência escolar.
O Brasil foi incluído no estudo. Os resultados mostram que 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis Estados afirmaram ter sido vítimas de violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolas como violentas.
A campanha terá como foco as três principais formas de violência na escola: o castigo corporal, a violência sexual e o "bullying", fenômeno definido pelo estudo como "atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro".
Cada país vai moldar a campanha de acordo com a realidade nacional. Comum em todo o mundo, o "bullying" será o centro das ações no Brasil. Segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes do país afirmou estar envolvido nesse tipo de atitude, seja como agressor ou como vítima. De acordo com o assessor de educação da Plan Brasil, Charles Martins, o castigo corporal, apesar de ainda estar presente nas escolas brasileiras, é mais repreendido do que o "bullying".
"Nós identificamos que o "bullying' é hoje a prática mais presente. Com o conselho tutelar e outras ações externas, o castigo corporal não acontece tão facilmente, já o "bullying' tem implicações psicossociais nos indivíduos. Mas não se tem essa consciência, é uma temática nova", afirma o pesquisador.
O estudo aponta que as vítimas dessa prática perdem o interessem pela escola e passam a faltar às aulas para evitar novas agressões. "Essas vítimas apresentam cinco vezes mais probabilidade de sofrer depressão e, nos casos mais graves, estão sob um risco maior de abuso de drogas e suicídio", diz o relatório.
Martins alerta que o comportamento não é tão fácil de ser identificado, mas pode ser configurado como "bullying" quando as agressões verbais e emocionais se tornam repetitivas. "O professor precisa identificar em sala de aula as crianças que têm um padrão de vítima como timidez, problemas de rendimento e se tornam em alguns momentos anti-sociais".
Para a organização, as estratégias de combate à violência escolar mais eficientes se concentram na própria escola. Alguns exemplos são o estabelecimento de normas claras de comportamento, treinamento de professores para mudar as técnicas usadas em classe e a promoção da conscientização dos direitos infantis.
A campanha terá início em 2009. Segundo Martins, a ONG buscará o apoio de dirigentes escolares, professores e dos três níveis de governo para a divulgação do tema. Entre as principais ações está o desenvolvimento de oficinas com os alunos em escolas-piloto para desenvolver o chamado "protagonismo infantil".
"Ao final eles serão orientados a implementar na escola um comitê dos direitos das crianças. Eles serão multiplicadores também em outras escolas", diz Martins. O número de escolas ainda não está definido, pois dependerá de futuras parcerias.
O Brasil foi incluído no estudo. Os resultados mostram que 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis Estados afirmaram ter sido vítimas de violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolas como violentas.
A campanha terá como foco as três principais formas de violência na escola: o castigo corporal, a violência sexual e o "bullying", fenômeno definido pelo estudo como "atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro".
Cada país vai moldar a campanha de acordo com a realidade nacional. Comum em todo o mundo, o "bullying" será o centro das ações no Brasil. Segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes do país afirmou estar envolvido nesse tipo de atitude, seja como agressor ou como vítima. De acordo com o assessor de educação da Plan Brasil, Charles Martins, o castigo corporal, apesar de ainda estar presente nas escolas brasileiras, é mais repreendido do que o "bullying".
"Nós identificamos que o "bullying' é hoje a prática mais presente. Com o conselho tutelar e outras ações externas, o castigo corporal não acontece tão facilmente, já o "bullying' tem implicações psicossociais nos indivíduos. Mas não se tem essa consciência, é uma temática nova", afirma o pesquisador.
O estudo aponta que as vítimas dessa prática perdem o interessem pela escola e passam a faltar às aulas para evitar novas agressões. "Essas vítimas apresentam cinco vezes mais probabilidade de sofrer depressão e, nos casos mais graves, estão sob um risco maior de abuso de drogas e suicídio", diz o relatório.
Martins alerta que o comportamento não é tão fácil de ser identificado, mas pode ser configurado como "bullying" quando as agressões verbais e emocionais se tornam repetitivas. "O professor precisa identificar em sala de aula as crianças que têm um padrão de vítima como timidez, problemas de rendimento e se tornam em alguns momentos anti-sociais".
Para a organização, as estratégias de combate à violência escolar mais eficientes se concentram na própria escola. Alguns exemplos são o estabelecimento de normas claras de comportamento, treinamento de professores para mudar as técnicas usadas em classe e a promoção da conscientização dos direitos infantis.
A campanha terá início em 2009. Segundo Martins, a ONG buscará o apoio de dirigentes escolares, professores e dos três níveis de governo para a divulgação do tema. Entre as principais ações está o desenvolvimento de oficinas com os alunos em escolas-piloto para desenvolver o chamado "protagonismo infantil".
"Ao final eles serão orientados a implementar na escola um comitê dos direitos das crianças. Eles serão multiplicadores também em outras escolas", diz Martins. O número de escolas ainda não está definido, pois dependerá de futuras parcerias.
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