segunda-feira, 27 de julho de 2009

PROJETO AMIZADE - EDUCAÇÃO INFANTIL






1. OBJETIVOS



• Desenvolver competências sociais em crianças de quatro a seis anos

• Mostrar como serem amigas

• Exercitar a identificação, sensibilidade e fala pública sobre diferentes sentimentos

• Destacar como lidarem com as quatro emoções básicas: medo, alegria, tristeza e ira

• Ajudar a expressarem sentimentos que lhes desagradam



2. PÚBLICO-ALVO



• 15 a 20 crianças de quatro a seis anos



3. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS



• Recursos materiais: cartolinas, canetas hidro-cor, revistas velhas

• Outros recursos materiais, caso se faça opção por um treinamento e expressão das múltiplas
inteligências (Ver fonte de referência 5º)

• Recursos Humanos: um a dois Mediadores previamente treinados







4. QUESTÕES RELEVANTES



• O que é a amizade?

• Amizade é o mesmo que amor?

• O que é um amigo de verdade?

• Qual a importância de um amigo?

• O que é o medo?

• Que coisas nos fazem felizes?

• Por quê ficamos tristes?

• O que nos deixa com raiva?

• Como não falar a um amigo?

• Como falar a um amigo?



E inúmeras outras do mesmo tipo, levantadas pelas próprias crianças



5. FONTES DE REFERÊNCIA



• ANTUNES, Celso - Alfabetização Emocional. Petrópolis. Editora Vozes. 7ª edição. 1999



• ANTUNES, Celso - Fascículo 6 da Coleção Na Sala de Aula / A Alfabetização Moral em Sala de Aula e em
Casa, do Nascimento aos Doze anos. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002



• ANTUNES, Celso - Fascículo 7 da Coleção Na Sala de Aula / Um Método para o Ensino Fundamental: o
Projeto. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002



• ANTUNES, Celso - A Construção do Afeto. São Paulo. Augustus Editora. 4ª edição. 2001



• ANTUNES, Celso - Fascículo 3 da Coleção Na Sala de Aula / Como Desenvolver Conteúdos Explorando as
Inteligências Múltiplas. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002



• LeDOUX, Joseph - O Cérebro Emocional. São Paulo. Editora Objetiva. 1998



• RESTREPO, Luis Carlos - O Direito à Ternura. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª edição. 1998





6. COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS



• Afetividade

• Auto-estima

• Otimismo

• Controle dos impulsos

• Empatia - Compreensão do outro

• Prestatividade e solidariedade

• Sinceridade

• Empatia no ouvir

• Comunicação Interpessoal

• Pensamento dirigido

• Autoconhecimento

• Administração das Emoções



7. FASES DO PROJETO



• ABERTURA



Mediadores, pais, professores, pessoas da comunidade especialmente convidadas discutem e elegem as competências
desejadas e a seleção de questões que a culminância do projeto deverá responder.







• O TRABALHO PRÁTICO - ESTRATÉGIAS


PREPARAÇÃO DO ROTEIRO



Os professores e os Mediadores escreverão roteiros de apresentações teatrais simples, cuja duração não deve
exceder 15 minutos e que devem vivenciar cenas do cotidiano dos alunos envolvendo temas de relações
interpessoais para ajudarem as crianças aprenderem como serem amigas, reconhecerem e falarem sobre diferentes
sentimentos, lidarem com verdade e com a mentira, com a ira e com a dor, com o medo e a tristeza, com a alegria
e com a felicidade e como expressarem o que lhes agrada e desagrada. Essas pequenas peças podem simular
situações do pátio da escola, disputa por lugares, formas de abordagem, etc.



ENSAIO



Para cada encenação haverá um grupo de "atores" e outro de "espectadores", mas todos os alunos nas diferentes
peças desenvolverão ambos papeis. Durante o ensaio não deve ocorrer a prioridade de "lições de conduta" ou
julgamento sobre "atitudes certas ou erradas" ainda que o aparecimento destas, possa gerar uma resposta serena
e coerente por parte do(s) intermedializador(es). Os Mediadores poderão ou não introduzir o "ponto" com um ator
que não aparece, ajudando os atores nas falas a serem praticadas.



APRESENTAÇÃO



A apresentação de cada peça se dará de forma similar a qualquer apresentação teatral.





DEBATES



Após a encenação deverão ocorrer os debates, envolvendo inicialmente apenas os alunos e os Mediadores. Nesse
debate deve prevalecer a solicitação de opiniões sobre atitudes, gestos, posturas, ações ainda que as mesmas
não devam suscitar julgamentos morais por parte dos professores. Não existe um tempo prescrito previamente para
a duração dos debates, embora os Mediadores devam mostrar sensibilidade para não o prolongarem além dos limites
do interesse por parte dos alunos envolvidos.



SÍNTESE CONCLUSIVA



Concluído os debates os Mediadores sintetizarão as conclusões gerais, enfatizando o que se levou os alunos a
aprenderem com a atividade.



FECHAMENTO



É extremamente importante destacar que os valores e os ensinamentos conquistados necessitem ser retomados em
momentos e circunstâncias diferentes, internalizando-se nas atitudes dos professores, contextualizando-se aos
temas curriculares desenvolvidos. Em verdade, a encenação, debate e síntese conclusiva jamais deve "encerrar" a
atividade, antes abrir espaço para práticas sobre novas formas de relacionamento e emprego constante das
habilidades sociais no cotidiano dos alunos.



8. LINGUAGENS APLICADAS



Importante atividade de reforço é, em outra oportunidade, reunir-se os participantes do Projeto solicitando que
expressem através de diferentes linguagens - pinturas, paródias, colagens, desenhos, corais, etc. - os valores
desenvolvidos e supostamente apreendidos durante a atividade.



Atividade extremamente enriquecedoras é utilizar diferentes estratégias de comunicação, conforme as
inteligências humanas suscitadas - lingüistica, lógico-matemática, visuo-espacial, sonora,
cinestésico-corporal, naturalista, intra e interpessoal - e organizar painéis ou murais expressando os valores
assumidos.



9. AVALIAÇÃO



A forma de avaliação será desenvolvida através da comparação de relatórios organizados por todos os elementos
da equipe docente avaliando as atitudes dos alunos em sala de aula e no pátio da escola, antes e depois da
realização de cada encenação, enfatizando a eventual permanência, após seis meses ou mais, de valores
eventualmente assumidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário